Chu Ming Silveira: Conheça a Arquiteta Criadora do Orelhão!

Saiba quem é Chu Ming Silveira e todos os feitos realizados por ela, famosa por ter criado o orelhão! Confira a biografia desta arquiteta aqui!

Chu Ming Silveira ficou conhecida pelo seu trabalho, em razão de ser a criadora do orelhão, aquele telefone público convencional. Descubra mais sobre esta arquiteta paulistana, nascida em Xangai. Conheça os principais pontos de sua biografia. 

Biografia de Chu Ming Silveira

Chu Ming Silveira nasceu em Xangai, no dia 4 de abril do ano de 1941. Ela foi uma excelente profissional de Arquitetura e Designer sino-brasileira. Formada pela Mackenzie (Faculdade de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie), no ano de 1964, teve sua aparição pública em virtude da criação de protetor telefônico – o “Orelhinha” e “Orelhão”.

Estas criações de design do Brasil e de móveis urbanos do mundo tiveram o nome declarado pela Companhia Telefônica Brasileira a partir do lançamento do item, como Chu I e Chu II. Os nomes eram intencionados a homenagear a arquiteta. Para ela, a sua criação apresentava uma acústica aprimorada e, portanto, revelou-se o sucesso a partir da forma de ovo do mesmo.

Chu Ming respeitava à natureza de forma ampla, bem como a característica da simplicidade em grande parte dos projetos para residência criados por ela no litoral de São Paulo.

De forma especial, a cidade de Ilhabela, em que teve o desenvolvimento singular do “Pós-caiçara”, ganhou atenção em virtude de técnicas e dos materiais utilizados de forma contemporânea, harmoniosamente com a tradição dos caiçaras.

Ao prosseguir com sua carreira enquanto arquiteta e designer, Chu Ming apresentou dedicação à Programação Visual.

Vida Particular

Chu Ming Silveira, nascida em Xangai, era filha de Shui Young Queen e de Chu Chen. Era a 2ª de 4 filhos. O pai da Chu Ming, Chu Chen, fazia parte das forças armadas em período de guerra de Chiang Kai-Shek. Ele também era um engenheiro civil. A partir da vitória comunista no ano de 1949, uma repressão a quem era de oposição e uma violenta perseguição fizeram com que a família se mudasse para a cidade de Hong Kong. Eles viveram lá por 4 anos.

Com a decisão de ir embora da China para seguir à América, o pai e a mãe de Chu Ming fizeram o batismo dos filhos  a partir do catolicismo. Por isso, eles receberam o nome ocidental. Os filhos de Chu Chen e Shui Young Queen foram denominados como:

  • Angela – a mais velha;
  • Veronica – Chu Ming;
  • Peter – o irmão Chu Tung;
  • Paul – o irmão Chu Jung.

No ano de 1950, esta família teve o embarque de Hong Kong para o Brasil. Essa viagem foi feita de navio, com duração de 3 meses para chegar até o Rio de Janeiro. A chegada aconteceu em época de carnaval, no ano de 1951. Contudo, a família acabou se instalando em São Paulo, Pinheiros. Nessa época, Chu Ming ainda não tinha 10 anos.

Irmãos

Angela deu início aos estudos de Artes no país norte-americano, formando-se e casando por lá mesmo. Peter completou os estudos de Engenharia em São Paulo, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Ele se casou com uma moça da China, que veio para o Brasil de mesma forma que sua família. 

Paul teve uma esposa nissei paulistana e acabou se mudando para Manaus. Chu Ming concluiu seus estudos em Arquitetura pela Universidade Mackenzie, no ano de 1964, mesmo momento em que os pais partiram de mudança para o estado de Manaus. Isto porque o local apresentava facilidade comercial de importados na região da Zona Franca.

Naquele lugar, a família fundou a Loja Oriente, próspera, que se tornou depois de algum tempo o escritório de exportações e importações de refinados chineses.

Chu Ming teve o seu casamento no ano de 1968 com Clóvis Silveira, um paulistano engenheiro. Djan, nascido em abril de 1971 foi o primogênito do casal. Alan, o segundo filho, teve seu nascimento em outubro de 1976.

Vida Profissional

Com formação em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, no ano de 1964, a profissional relata ter influências de seus mestres em suas criações. Estas são os seguintes:

  • Adolf Franz Heep – profissional de Arquitetura com formação pela Escola de Artes e Ofícios de Frankfurt;
  • Lazlo Zinner e Pedro Corona – artistas plásticos;
  • Marcelo Fragelli;
  • Fabio Penteado;
  • Ubirajara Ribeiro;
  • Ubirajara Giglioli.

Ela contou com os colegas arquitetos a seguir:

  • Vasco de Mello;
  • Ivone Macedo Arantes;
  • Walter Caprera;
  • Cláudio Moschella;
  • Rumi Onoda;
  • Tito Lívio Frascino.

Cargos

No ano de 1965, Chu Ming Silveira concretizou o seu escritório particular para projetos de Arquitetura, desenvolvendo trabalhos no ramo de edificação. No ano de 1966, trabalhou pela Companhia Telefônica Brasileira, na cidade de São Paulo, produzindo, enquanto arquiteta, a supervisão, anteprojetos, bem como a coordenação para desenvolver projetos das Centrais e Postos de Serviço Telefônicos. Ela também acompanhava as obras até o ano de 1968.

Em intermédio dos anos 1968 e 1972, Chu Ming Silveira teve frente à chefia do Departamento de Projetos da CTB. No ano de 1971, a arquiteta promoveu o desenvolvimento dos projetos de protetores de telefones Chu II e Chu I, conhecidos de forma popular como Orelhão e Orelhinha.  No ano de 1974, a partir do trabalho contínuo para o ramo mobiliário urbano, a profissional trabalhou com anteprojetos de bancas de flores e bancas de jornais. Isto para que tais projetos tivessem a construção a partir de fibra de vidros.

Os anteprojetos tiveram a solicitação à arquiteta pela Prefeitura de São Paulo. Esta queria conquistar o padrão funcional e estético que fossem adequados para ferramentas e suportes de caráter público.

No ano de 1973, a arquiteto teve o posto de Arquiteta Senior pela Montreal Engenharia S.A. Neste mesmo ano, trabalhou em projetos de Serete S.A. Engenharia. As duas empresas se localizavam em São Paulo. Ela teve atuação até o ano de 1978, ao passo que a partir daí dedicou-se, de forma especial, à área do Design e da Comunicação Visual.

Depois de 1987, a arquiteta passou a desenvolver, novamente, projetos residenciais para o litoral de São Paulo.

Morte de Chu Ming Silveira

Chu Ming Silveira morreu na data de 18 de junho do ano de 1997, na cidade de São Paulo. A causa da morte não está especificada publicamente. O que se sabe é que a arquiteta faleceu no auge dos seus 56 anos.

História do Orelhão

O orelhão é parte paisagística do urbanismo brasileiro. Seu formato ícone teve perpetuação a partir do imaginário populacional. Além de tornar possível a comunicação, o orelhão atuava também como um item urbano do ramo mobiliário. Em determinadas situações, era tido como um referencial ou ponto de encontro, antes de se tornarem populares os aparelhos móveis.

O projeto teve desenvolvimento por Chu Ming Silveira, que nasceu na cidade de Xangai e teve formação em Arquitetura e Urbanismo na FAU – Mackenzie, na cidade de São Paulo, em 1964. No ano de 1966, ela iniciou o trabalho pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Dentre as suas atividades, já citadas, ela promovia as seguintes:

  • realização de anteprojetos;
  • supervisão de projetos;
  • coordenação de desenvolvimento de projetos das Centrais e Postos de Serviços Telefônicos;
  • Acompanhamento das obras.

Gostou da história desta profissional que criou o design diferente dos orelhões? Agora, quando olhar para aquela cabine telefônica na esquina de casa, já sabe que foi a Chu Ming Silveira quem projetou!


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